comentário do livro "cabeças feitas" de Luiz Sayão.

Livro “Cabeças Feitas” de Luiz Sayão

“... A ignorância torna-se fator cúmplice da exploração do homem pelo homem... seres humanos são manipulados e repetem comportamentos irrefletidamente para sua própria desgraça.”
O livro começa chamando a atenção para o fato de que sem um nível mínimo de reflexão e discernimento seremos para sempre manipuláveis e sem conteúdo ao ponto de repetirmos atitudes e comportamentos passados sem ao menos sabermos o porquê de tais atos. Destaca-se o fato de que os argumentos acerca da filosofia e seus paradigmas são arcaicos e sem embasamento, até por que alguns filósofos reconheceram em Cristo e no cristianismo virtudes inigualáveis. Interessante ressaltar que de acordo com o autor, todos somos filósofos, nascemos e crescemos com questionamentos e dúvidas, pensamentos e reflexões que a vida ou as instituições escolares tratam com demasiada frieza. A partir do fato de que todos têm maneiras de enxergar o que nos cerca e suas realidades até mesmo quando zombamos da filosofia estamos zombando de nós mesmos. Quando o autor cita Paulo concernente ao cuidado com as... ”Filosofias vãs”... Leva-me a refletir de que tipo de filosofias o apóstolo está falando, pois a reflexão que me incita a melhorar meu modo de enxergar o cristianismo em si e em mim ou através de mim faz-me muito bem. Através de uma apresentação sobre os filósofos e suas principais correntes fica claro o entendimento de uma prática filosófica. A inteligência herdada ou doada por Deus aos seres humanos seria para quê afinal?Senão para fazer-nos sábios e meditadores a respeito de tudo que me cerca. O “penso, logo existo” faz-se replicável à “existo, logo penso”, pois é impossível viver e não desejar compreender o porquê de se viver. Como cristãos devemos estar cônscios acerca de nossa fé embasada a fim de termos respostas concretas do por que cremos em que. Como levaremos aos outros nossa crença em Deus, quando não temos certezas referentes à mesma?Anjo não filosofa,logo quando penso ser alguém mais espiritual que os outros admito ser um “ente” espiritual ligado aos “céus” descompromissado sobre o que é relevante aqui no chão onde piso ou no lugar desta Terra onde habito, somos humanos, então somos encaminhados a filosofar.
O autor expressa com clareza que se faz possível filosofar sem tornar-se um herege ou descrente. Analisando historicamente e através dos fatos e filósofos do passado é abordado o quanto perde-se tempo discutindo coisas relativas, enquanto omitem-se em questões muito mais importantes.